Apesar da elevação nas duas primeiras semanas do ano em relação a igual período de 2015, 13 regiões administrativas apresentaram queda e nove ficaram estáveis
Os casos de dengue em Brasília tiveram aumento de 110% nas duas primeiras semanas de 2016 em relação ao mesmo período do ano passado. A variação foi impulsionada, especialmente, pelo crescimento de ocorrências da doença em Brazlândia: de três para cem. Os dados constam do informativo epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (20) pela Secretaria de Saúde. Apesar do acréscimo geral, o documento mostra queda em 13 regiões administrativas e estabilidade em nove.
O boletim também traz dados em relação ao zika vírus e à febre chikungunya. Segundo o relatório, há nove suspeitas de contaminação pelo zika vírus de moradores de Brasília e dois casos confirmados: um em Águas Claras e outro no Plano Piloto, ambos em gestantes. A chikungunya manteve-se estável em relação a 2015, com nenhum caso confirmado.
De acordo com o subsecretário de Vigilância à Saúde, Tiago Coelho, o aumento de casos de dengue ocorreu em todo o País — a quantidade de cidades afetadas cresceu cerca de 300%. A elevação, observa Coelho, não era esperada nessa época do ano já que o pico da doença costuma ser em abril e em maio. Ainda não há explicação para o crescimento em Brazlândia, mas isso já está sendo investigado.
Mobilização social
Os resultados do relatório epidemiológico serão úteis para que o governo tenha mais parâmetros na intensificação do combate ao mosquito transmissor, o Aedes aegypti. O subsecretário reforça a necessidade de a população estar atenta ao controle do inseto: "A mobilização social é fundamental para erradicá-lo".
As regiões administrativas onde a incidência de dengue caiu foram: Asa Norte, Asa Sul, Ceilândia, Gama, Guará, Itapoã, Lago Norte, Lago Sul, Paranoá, Sobradinho, Sobradinho II, Sudoeste-Octogonal e Vicente Pires. Já as que apresentaram estabilidade são: Águas Claras, Candangolândia, Cruzeiro, Estrutural, Fercal, Jardim Botânico, Núcleo Bandeirante, Park Way, Riacho Fundo I, Riacho Fundo II, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e Varjão.
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